terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mais Respeito com as Vadias

        

Opa, e aí corujas?
É incrível como desde há muito tempo atrás e ate hoje as mulheres são vistas muitas vezes como as “culpadas” por erros e até crimes cometidos por homens. Já vi casos de traição em que a culpa foi da esposa, porque “não dava atenção ao marido”, como se ele não tivesse a capacidade de conversar sobre o que não vai bem no casamento. Ou pior: a culpa foi da amante, que se insinuou tanto que foi “impossível resistir”. Outro caso pior ainda: já vi mulheres que foram abusadas e ainda tiveram de ouvir que elas “deram motivo pra isso”, porque a roupa delas estava “curta demais”. É mais ou menos como dizer que “o homem é um robô sexual descontrolado que depende de sexo pra viver, a mulher é quem tem que se cuidar”. Essas são situações que ninguém imaginaria ter de viver em pleno século XXI, mas elas estão aí!
Pra tentar mudar essa situação, ou pelo menos conscientizar essas pessoas com essa mentalidade retrógrada, tem surgido alguns movimentos interessantes, como as Marchas das Vadias e outros. O nome assusta, principalmente pela conotação que a palavra “vadia” tem no Brasil, mas a proposta é bem interessante. O protesto é feito por mulheres que querem fazer valer o direito de se vestirem como querem, sem ter de conviver com o medo de serem atacadas a qualquer momento por maníacos sedentos de sexo, nem serem simplesmente tachadas de “vadias”. Mulheres que não aceitam que digam que elas “dão motivos”. Mulheres que querem  ser respeitadas independente do tamanho da roupa.
Se eu apoio? Sim,  apoio porque penso que uma sociedade que diz que a mulher dá motivos pra ser estuprada está com algum problema. Independente do tamanho da saia ou do decote, nada justifica qualquer ato violento contra mulheres (nem com mulheres, homens, crianças, ninguém!). Lógico que uma mulher que sai com uma minissaia na rua e reclama quando recebe algum “elogio” precisa rever o conceito da própria roupa que usa. Se a roupa é “provocante”, ela vai “provocar”, certo? Vai ser impossível você sentar com uma minissaia e cruzar as pernas e não querer que os homens te olhem, ou reclamar quando perceber que seus colegas do trabalho não tiram o olho do seu decote. Mas tudo tem limites. Fazer algum “comentário” na rua é uma coisa. Abusar de uma mulher que usa uma roupa curta e dizer que ela deu motivos é outra beeeeem diferente.
Todos merecem respeito, independente da orientação sexual, religião, peso, cor de pele, tamanho da roupa. Ok?

Vi no http://www.insoonia.com/





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